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O que esperar no setor europeu dos transportes rodoviários para 2022 e no futuro

Publicado a 31 de março de 2022 - 5 minuto(s) de leitura

Mais vendas online, maior durabilidade, eletrificação, maior digitalização, mais inovação… Nenhum gestor de frota, independentemente do tamanho da frota, irá perder estas quatro tendências principais de curto e médio prazo no setor do transporte rodoviário. Permita que os nossos dois especialistas da Michelin* ajudem a poupar-lhe tempo dando-lhe as principais conclusões
 

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Nathalie Duroux, diretora de conhecimentos sobre o mercado e os clientes da linha de camiões e autocarros da Michelin
Laurent Tridemy, gestor de previsão estratégica e estatísticas da Michelin

 

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1: o comércio eletrónico está a crescer rapidamente

Embora o setor do comércio eletrónico já estivesse a mostrar sinais de um crescimento estável antes da pandemia, os confinamentos fizeram dispará-lo! Para os países da UE, coletivamente, o comércio eletrónico gerou uma receita total de 757 mil milhões de euros em 2020(1).

Na Europa, a adoção digital aumentou de 81% para 95% no seguimento da crise da COVID-19: um aumento que iria demorar dois a três anos na maioria dos setores empresariais em taxas de crescimento pré-pandemia(2). E a tendência veio para ficar.

Tenha em consideração que os consumidores estão a fazer cada vez mais compras online, as suas expetativas aumentaram, especialmente no que toca à prontidão. A entrega quase em tempo real das mercadorias tornou-se o novo normal em todos os setores

2: a mobilidade sustentável é obrigatória

O maior desafio que o setor dos transportes enfrenta é a redução das emissões para se tornar mais sustentável. Os regulamentos estão a tornar-se cada vez mais rígidos, em particular com a nova norma VECTO (Ferramenta de cálculo do consumo de energia de veículos).

Para entregas para o último quilómetro em áreas urbanas, os veículos de entregas já estão no caminho da eletrificação.

No entanto, de acordo com a IHS, em 2030, 90% dos M&HCV (veículos comerciais médios e pesados) ainda serão a gasóleo. Em 2035, representarão 64% das vendas de veículos. Apenas se prevê que esse número fique abaixo dos 50% após 2040, mas os veículos movidos a gasóleo continuarão a ser a maioria na estrada até 2050(3).

Nesse sentido, com base nas previsões do preço dos combustíveis e também no custo das tecnologias e restrições regulamentares:

Prevê-se que o gasóleo continue a ser a opção mais competitiva em termos de custos e o combustível dominante para o transporte rodoviário até 2040.
Os veículos híbridos podem balizar a resiliência do gasóleo em caso de pressão nas emissões de GEE (gases com efeito de estufa) e poluentes.
O gás natural parece ser o combustível mais comparável ao gasóleo em termos do custo total de propriedade e também ajuda a reduzir as emissões de carbono e poluentes
 

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3: Digitalização para a otimização de frotas

Quando falamos em digitalização, temos em consideração não só todas as plataformas de carga, como também o aspeto da telemática, com os camiões ligados que agora permitem a manutenção preditiva.

A telemática possibilita a recolha de dados que a inteligência artifical pode utilizar para otimizar a gestão da frota.

Na Europa, atualmente, 38%(4) dos veículos com mais de 6 toneladas estão ligados.

A médio prazo, a digitalização deve permitir ligar todos os fluxos de dados e fatores…


4: Inovação em curso

A inovação ao nível do transporte faz inevitavelmente pensar nos veículos autónomos, dos quais conseguimos distinguir cinco níveis de autonomia (de 1 a 5). O nível 1 corresponde à assistência ao condutor, enquanto o nível 5 é um veículo totalmente autónomo. O nível 3 é um veículo semiautónomo, que se prevê que seja alcançado até 2025.

O nível 5 ainda está muito distante, mas irá promover o uso de pelotões (o uso de comboios de embarcações rodoviários ou pelotões), que irão diminuir a pegada ecológica (uma vez que a redução do consumo de combustível diminui as emissões de CO2) e aumentar a segurança (ao reduzir o risco de erro humano, em particular na travagem de emergência).

É uma tecnologia que está gradualmente a ser implementada e que só estará desenvolvida em 2035, mas que já devemos ter em consideração.

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Um resumo das principais tendências ao nível do setor dos transportes rodoviários

 

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Fontes

* Entrevista a Nathalie Duroux e Laurent Tridemy realizada a 6 de outubro de 2021.

(1)   Relatório FEVAD – https://www.fevad.com/chiffre-cles-2021-fevad/
(2)   https://www.lorienglobal.com/en/insights/ecommerce-in-europe
(3)   https://ihsmarkit.com/index.html
(4) Análise e relatório da BCG and Berg Insight de 2021

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