O que irá reduzir o consumo de combustível dos camiões?

What will reduce fuel consumption for trucks?

O que irá reduzir o consumo de combustível dos camiões?

Como gestor de frotas, sabe que reduzir o consumo de combustível é um dos maiores desafios na gestão dos seus camiões. O aumento dos preços da energia e as crescentes preocupações ambientais fazem com que seja mais importante do que nunca identificar formas de otimizar a eficiência do combustível. Há um elemento subestimado, mas crucial, que tem um impacto direto no consumo de combustível dos seus camiões: a resistência ao rolamento. Vamos explorar como isto funciona e como pode assumir o controlo para reduzir os custos e as emissões.

O TCO (Custo Total de Propriedade) para revelar as ineficiências de combustível

Como sabe, o Custo Total de Propriedade (TCO) é uma ferramenta poderosa que ajuda a identificar todos os custos associados aos seus camiões, desde a aquisição até à operação diária. O consumo de combustível é normalmente o maior componente do TCO, seguido dos salários dos condutores, do custo do veículo e de qualquer carroçaria ou reboque associado, da assistência, manutenção e reparações, dos impostos, das portagens, dos pneus, dos seguros, das avarias e da tecnologia inteligente, como a telemática (1). 

Os pneus têm um TCO específico que abrange 5 tipos de custos diretos ou indiretos, desde a compra até ao fim de vida:

  • Compra de pneus
  • Custo dos pneus por quilómetro
  • Orçamento de assistência e manutenção dos pneus
  • Impacto dos pneus no tempo de inatividade
  • Impacto dos pneus no orçamento do combustível

De facto, os pneus desempenham um papel fundamental para determinar a quantidade de combustível que os seus camiões consomem. E para reduzir o TCO da sua frota, é essencial perceber como o pode fazer.

5 forças físicas que se opõem ao movimento de um camião

O consumo de combustível é ditado não só pela performance do motor ou pelo comportamento do condutor, mas também por forças físicas fundamentais. Existem 5 forças principais que resistem ao movimento de um camião. E, ao abordar estas forças, é possível reduzir o consumo de combustível. 

Que forças são essas?

A gravidade é uma das forças que desempenham um papel no consumo de combustível do camião

Gravity is one of the forces that play a role in truck's fuel consumption

1. Gravidade:

a gravidade liga a massa do veículo à da Terra.

A inércia impede o camião de ganhar velocidade

Inertia prevents the truck from gaining speed

2. Inércia:

a inércia impede o veículo de ganhar velocidade.

A resistência aerodinâmica também desempenha um papel no consumo de combustível do camião

Aerodynamic drag also plays a role in truck's fuel consumption

3. Resistência aerodinâmica:

a resistência criada pelo ar que empurra o veículo à medida que este se desloca.

O atrito mecânico é uma resistência provocada pelos componentes do camião.

Mechanical friction is a resistance due to the truck's components.

4. Atrito mecânico:

a resistência dos componentes do camião, como o motor e os eixos.

A resistência ao rolamento é responsável por 15 a 35% do consumo de combustível de um camião

Rolling resistance is responsible for 15% to 35% of a truck's fuel consumption

5. Resistência ao rolamento:

a perda de energia causada pela deformação dos pneus à medida que o camião se desloca.

Entre estes, a resistência ao rolamento é frequentemente subestimada, mas é responsável por 15 a 35% do consumo de combustível de um camião 2, dependendo da utilização. Isto faz com que seja um dos fatores mais críticos a ter em conta quando se procuram formas de reduzir o consumo de combustível.

Porque é que a resistência ao rolamento é importante?

A resistência ao rolamento tem um impacto direto no consumo de combustível. Quanto mais energia um pneu perde por deformação, mais o motor tem de se esforçar para trabalhar, o que resulta num maior consumo de combustível.
Isto acontece porque os pneus dos camiões deformam-se quando entram em contacto com a estrada. Esta deformação consome energia, e alguma dessa energia perde-se sob a forma de calor em vez de contribuir para o avanço do camião.
Uma roda muito dura num piso muito duro significaria muito pouca resistência ao rolamento. Os caminhos de ferro são um bom exemplo deste fenómeno. Mas com os pneus é diferente.

Para além do peso do camião, a carga e a distribuição da carga são dois fatores que podem influenciar a resistência ao rolamento.

●    Níveis de pressão:

os pneus com pressão insuficiente deformam-se mais facilmente, produzindo uma resistência desnecessária e aumentando o consumo de combustível. Por exemplo, para um semirreboque típico de três eixos que percorre longas distâncias, o consumo total de combustível do veículo aumenta cerca de 1,7%, quando apenas um pneu apresenta pressão insuficiente3. Pode reduzir estes efeitos se efetuar controlos regulares da pressão

Os pneus com pressão insuficiente produzem uma resistência desnecessária que aumenta o consumo de combustível

Under inflated tyres produce unnecessary resistance which increases fuel consumption

●    Composição do pneu:

as propriedades do material de um pneu determinam a sua flexibilidade, aderência e capacidade de resistir à deformação. 
A composição dos pneus é a nossa especialidade. Por isso, na Michelin, estudámos a questão para otimizar ao máximo a resistência ao rolamento.

As inovações da Michelin para reduzir o consumo de combustível dos camiões

Obter uma menor resistência ao rolamento é uma das formas mais eficazes de reduzir o consumo de combustível. Assente neste princípio, a Michelin desenvolveu soluções inovadoras para responder a este desafio.
Em 1992, a Michelin introduziu a sílica na composição dos pneus. A sílica reduz o atrito interno da borracha, diminuindo significativamente a resistência ao rolamento sem comprometer a aderência ou a durabilidade.

Outras tecnologias MICHELIN contribuem igualmente para reduzir o consumo de combustível, quer através de uma menor resistência ao rolamento, quer através de uma performance otimizada em termos de desgaste. Com a tecnologia MICHELIN INFINICOIL, um cabo de aço contínuo, com até 400 metros de comprimento, é enrolado à volta do pneu para aumentar a sua estabilidade durante a sua vida útil. A maior durabilidade do pneu em capacidades de carga mais elevadas resulta numa maior eficiência de combustível e num maior potencial de quilometragem da carcaça. 

A tecnologia MICHELIN POWERCOIL consiste em cabos de aço de alta resistência que se misturam com a borracha do pneu. Estes cabos aumentam a resistência da carcaça e o potencial de quilometragem da carcaça, reduzindo também a resistência ao rolamento. 

Finalmente, a tecnologia REGENION, patenteada pela MICHELIN, possibilitada por técnicas de impressão 3D em metal, proporciona uma aderência consistente ao longo da vida útil do pneu, com novas ranhuras que surgem à medida que o pneu se desgasta. Além disso, o padrão do piso mais compacto e rígido proporciona uma maior quilometragem, um desgaste mais consistente e um menor consumo de combustível.

É por isso que os nossos pneus para camião são concebidos para oferecer uma resistência ao rolamento otimizada.

As vantagens de uma resistência ao rolamento otimizada

A resistência ao rolamento otimizada tem um efeito positivo tanto nos seus custos como no ambiente.

1.    Poupanças económicas: os camiões equipados com pneus otimizados consomem menos combustível, o que reduz os custos operacionais. Ao longo do tempo, estas poupanças podem ser substanciais, especialmente para grandes frotas. 
Utilize a nossa calculadora para estimar as suas poupanças de combustível

2.    Redução das emissões de carbono: cada litro de combustível utilizado produz aproximadamente 3,24 kg de CO24. Ao melhorar a resistência ao rolamento, os camiões consomem menos combustível e, por conseguinte, emitem menos CO2. 

3.    Aumento da vida útil dos pneus: os pneus com deformação reduzida desgastam-se de forma mais uniforme e mais lenta, o que leva a intervalos de substituição mais longos e a custos de substituição mais reduzidos.

Conclusão

Embora muitos fatores contribuam para a redução do consumo de combustível, a resistência ao rolamento destaca-se como um elemento crítico e acionável. Intervir através da tecnologia inovadora de pneus e enchimento otimizado pode levar a poupanças significativas tanto em termos de combustível como de impacto ambiental.

Ao dar prioridade a estas medidas, pode não só reduzir os custos operacionais, mas também contribuir para um futuro mais sustentável.

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AVISOS LEGAIS

(1) ETUDE DUCKER, "TCO Running costs for trucks fleets", relatório de fevereiro de 2024, CMI Europe
(2) Cálculo interno apresentado no 17.º Simpósio Internacional sobre Transporte e Tecnologia de Veículos Pesados: Austrália - 2023, resultados disponíveis aqui: https://hvttforum.org/wp-content/uploads/2023/12/HVTT17_paper_0454_Domprobst.pdf 
(3) Cálculos internos da Michelin
(4) O fator de emissão de 3,24 kg de CO2 para 1 litro de gasóleo provém da avaliação do ciclo de vida realizada pela ADEME para o gasóleo puro. Inclui as emissões durante as fases de produção do gasóleo (17%) e durante a sua combustão (83%). Fonte: ADEME, Estudo “Well to wheel - JEC”, v4, julho de 2014.

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